Escorpião de seda. Pulsando silencioso ali entre as frinchas. Ou eras o outro no quase escuro do quarto. Úmido. De seda. Tua macia rouquidão. Igualzinha à macia rouquidão de uma sonhada mulher, só que não eras uma mulher, eras o meu eu pensado em muitos homens e mulheres, um ilógico de carne e seda, um conflito esculpido em harmonia, luz dorida sobre as ancas estreitas, o dorso deslizante e rijo, a nuca sumarenta, omoplatas lisas como a superfície esquecida de um grande lago nas alturas, docilidade e submissão de uma fêmea enfim subjugada, e aos poucos um macho novamente, altivo e austero, enfiando o sexo na minha boca.
[H.Hist]
27.8.14
14.8.14
Carta de um virginiano,
Onde está sua simetria bela flor?
Eu não vejo as medidas, nem a rima, nem a métrica. Os traços seus, tortuosos, deixam-me confuso, estarrecido. Fora da linha, seu corpo é feito de riachos.
Dessas flores que florescem sem medo, cujas pétalas voam por ai com o vento, meio demasiado. Daquelas vozes que não seguem padrão e arranham apaixonadamente aos ouvidos. Um paraíso perdido.
Com alegria na medida certa, para uma mulher de medidas loucas.
M.
Onde está sua simetria bela flor?
Eu não vejo as medidas, nem a rima, nem a métrica. Os traços seus, tortuosos, deixam-me confuso, estarrecido. Fora da linha, seu corpo é feito de riachos.
Dessas flores que florescem sem medo, cujas pétalas voam por ai com o vento, meio demasiado. Daquelas vozes que não seguem padrão e arranham apaixonadamente aos ouvidos. Um paraíso perdido.
Com alegria na medida certa, para uma mulher de medidas loucas.
M.
Assinar:
Postagens (Atom)