14.8.14

Carta de um virginiano,

Onde está sua simetria bela flor? 
Eu não vejo as medidas, nem a rima, nem a métrica. Os traços seus, tortuosos, deixam-me confuso, estarrecido. Fora da linha, seu corpo é feito de riachos. 
Dessas flores que florescem sem medo, cujas pétalas voam por ai com o vento, meio demasiado. Daquelas vozes que não seguem padrão e arranham apaixonadamente aos ouvidos. Um paraíso perdido. 
Com alegria na medida certa, para uma mulher de medidas loucas. 


M.

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