24.10.11

A flor de sal e o poeta

"quando eu aprender a ser, ainda estarei em pleno gozo dos atributos do querer e terei ao lado quem me quer. quando chegar com flores não significa que já aprendi a ser, todavia quando eu aprender a ser, certamente permanecerei a chegar com flores. quando eu aprender a ser, o que serei a não ser um homem inteiro, ainda que para isto me desfaça de um apêndice, um assessório? quando eu aprender a ser já foi ontem e amanhã é dia de colher os dulcíssimos frutos que um dia foram só sementes, por vezes amargas. quando eu aprender a ser, certamente conhecerei o silêncio que me cabe, o silêncio que os corações precisam para manter a vida. quando eu aprender a ser, serei, seremos, serenos muito antes do que se imagina quando eu aprender a ser"


(Ribeiro Pedreira)
http://moinhosilente.blogspot.com
nossa casa. profundidade

3 comentários:

Beth/Lilás disse...

Que beleza e profundidade a poesia de Ribeiro Pedreira. Muito o admiro.
beijos cariocas

Marcantonio disse...

Como sempre um prazer lê-lo. Não sei se o coração precisa de silêncio para manter a vida. Mas precisamos dele para ouvir o alarde que o coração faz da vida em nós.

Um abraço pra vocês!

Cynthia Lopes disse...

a gente vai descobrindo afinidades
a gente vai se encontrando em desejos
a gente vai se vendo em imagens
a gente vai se gostando nos vários espelhos
a gente vai sonhando miragens
a gente vai morando em muitas profundidades...
a gente se vê e se ama
mesmo sem nunca trocar
olhares


bjs
(amei seu blog)
Cynthia