I
Era uma vez dois e três.
Era uma vez um corpo
E dois pólos: alto muro
E poço. Três estacas
de um todo que se fez
num vértice, diáfano,
noutro espessura de rês
couro, solo cimentado
nem água, nem ancoradouro.
II
E certa longitude
Onde o sol se refaz.
E certa latitude, seta-ilha
Onde o meu peito pulsa
Seta e sangue
num percurso pasmado de agonia.
III
Aqui me vês dois pólos
tão distantes e no entanto
Três: eu e meus dois horizontes
Era uma vez dois e três.
Era uma vez um corpo
E dois pólos: alto muro
E poço. Três estacas
de um todo que se fez
num vértice, diáfano,
noutro espessura de rês
couro, solo cimentado
nem água, nem ancoradouro.
II
E certa longitude
Onde o sol se refaz.
E certa latitude, seta-ilha
Onde o meu peito pulsa
Seta e sangue
num percurso pasmado de agonia.
III
Aqui me vês dois pólos
tão distantes e no entanto
Três: eu e meus dois horizontes
3 comentários:
Quando o mineral expressa o orgânico. Talvez tudo esteja em tudo mesmo.
Abraço.
Estou me lembrando de Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, nosso grande escritor também de muitos horizontes:
"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo." (trecho de 'Tabacaria')
Mineral como a palavra.
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