7.12.12

Se Te Queres Matar



    [...]
    De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas 
    A que chamamos o mundo? 
    A cinematografia das horas representadas 
    Por atores de convenções e poses determinadas, 
    O circo policromo do nosso dinamismo sem fim? 
    De que te serve o teu mundo interior que desconheces? 
    Talvez, matando-te, o conheças finalmente... 
    Talvez, acabando, comeces... [...]

    Ah,  pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
    Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
    És importante para ti, porque é a ti que te sentes. 
    És tudo para ti, porque para ti és o universo,
    E o próprio universo e os outros
    Satélites da tua subjetividade objetiva.
    És importante para ti porque só tu és importante para ti.  
    E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?  [...]

    Dispersa-te, sistema físico-químico 

    De células noturnamente conscientes 
    Pela noturna consciência da inconsciência dos corpos, 
    Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências, 
    Pela relva e a erva da proliferação dos seres, 
    Pela névoa atômica das coisas, 
    Pelas paredes turbilhonantes 
    Do vácuo dinâmico do mundo...

Um comentário:

Paulo disse...

só servimos a nós , quando servimos ao outro . este é o segredo para hoje .amanha nao sei ...